Observa com bastante atenção o princípio orientador das pessoas, especialmente dos sábios, tanto do que eles fogem quanto do que eles buscam.
É curioso como a sabedoria dos antigos continua a ecoar em nossa existência cotidiana. Quando Marco Aurélio nos convida a observar os princípios que norteiam as ações das pessoas, especialmente dos sábios, ele aponta para algo essencial: a sabedoria não é um saber apenas teórico, mas um guia prático, um caminho que molda e direciona nossas escolhas. Da mesma forma, Sêneca nos lembra da importância de uma “régua” para corrigir o que está torto. E, ao refletir sobre isso, percebemos que todos nós precisamos de um norte, de um exemplo a ser seguido.
Entretanto, o sábio não é apenas aquele que detém o conhecimento, mas quem vive segundo seus princípios. Escolher quem queremos como exemplo é uma decisão íntima e profunda. Não precisa ser um filósofo grego ou um pensador distante; pode ser alguém próximo, um familiar, um amigo. Mas, ao fazermos essa escolha, não podemos apenas imitar suas ações; devemos mergulhar nas razões por trás de cada gesto, entender o que eles buscam e do que se afastam.
O sábio, assim, não é perfeito, mas é aquele que nos ajuda a enxergar a direção, que, com sua régua simbólica, nos ajuda a alinhar o que está desalinhado em nossa vida. A observação cuidadosa de quem admiramos e o esforço consciente para seguir seus passos nos oferece uma forma prática de autotransformação. Afinal, sabedoria não é apenas saber, mas, acima de tudo, agir.