Seja tolerante com o próximo que erra.
Quando erramos, queremos que os outros nos desculpem.
Então, desculpe e procure ensinar-lhe, dando o seu exemplo.
Não critique, porque a crítica destrói.
Seja você “um exemplo vivo” e desculpe os erros alheios, porque não há pessoas más: há enfermos e ignorantes da lei, que não sabem que volta para nós tudo o que fazemos aos outros, de mal ou de bem, de crítica ou de tolerância.
Tolerância, nesse contexto, não é meramente um ato passivo de aceitar o erro do outro. Ela exige uma disposição ativa de compreensão, de perceber que errar faz parte da condição humana. Quando nos deparamos com o erro alheio, nossa primeira reação tende a ser a crítica, mas a crítica seca, desprovida de empatia, é estéril. Ela destroi mais do que edifica. Ao contrário, ensinar pelo exemplo é uma forma superior de educar. Não se trata de simplesmente ignorar o erro, mas de ser “um exemplo vivo”, agindo de maneira que inspire transformação. E essa transformação não surge da condenação, mas da compaixão.
Quando erramos, é natural esperarmos compreensão e, mais ainda, perdão. No entanto, raramente oferecemos essa mesma compreensão aos outros. Por isso, lembrar que o erro, muitas vezes, não é fruto de maldade, mas de ignorância, nos coloca em uma posição mais humana, mais generosa. Se acreditamos que tudo o que fazemos, de mal ou de bem, retorna a nós, então devemos nos perguntar: que tipo de retorno queremos para nossas vidas? A prática da tolerância, portanto, é uma atitude inteligente, que não apenas constroi pontes, mas também enriquece quem a pratica.