No entanto, às vezes fico com a sensação que já passou da hora de resgatar o amor e estender nossas mãos para os “necessitados”.
Como acredito que tudo acontece na hora certa, estamos no nosso tempo e ainda podemos fazer o bem, sem olhar a quem.
Contudo, respeitando a liberdade de todos pelas escolhas que fizeram e pelo momento da sua caminhada.
“Que não saiba a mão direita o que fez a mão esquerda.” (Mateus 6:3).
Com amor e conectados à nossa alma, ou seja, sem ego, podemos efetivamente ajudar.
“Ser humano significa ser consciente e ser responsável.” (Victor Frankl). Que você esteja consciente do amor existente em você.
Que esteja consciente de se colocar a serviço do outro, com amor.
Que você seja responsável de fazer deste mundo um lugar maravilhoso.
Vivemos em um mundo paradoxal. Nunca estivemos tão conectados, e, ao mesmo tempo, tão indiferentes ao outro. Nunca tivemos tanto acesso a discursos sobre empatia, solidariedade e compaixão, mas, ainda assim, hesitamos em estender a mão para quem precisa.
E por quê?
Talvez porque a generosidade genuína exige mais do que um discurso bonito. Ela pede ação, entrega e, acima de tudo, um abandono do próprio ego.
No entanto, a verdade é que sempre há tempo para resgatar o amor.
Sempre há espaço para um gesto de humanidade. Sempre há oportunidade para ser a mudança que tanto exigimos dos outros.
Mas é preciso despertar.
O Tempo Certo é Agora
Muita gente espera o “momento ideal” para começar a agir com mais amor. Acredita que, um dia, a agenda estará mais tranquila, a conta bancária mais folgada, a vida mais organizada. Mas esse momento nunca chega.
A realidade é que a hora certa para fazer o bem é agora. Não amanhã. Não quando tudo estiver perfeito. Porque, sejamos sinceros, quando é que tudo realmente está perfeito?
O filósofo Viktor Frankl, sobrevivente dos horrores de Auschwitz, dizia:
“Ser humano significa ser consciente e ser responsável.”
E responsabilidade, aqui, significa entender que cada um de nós tem um papel na construção de um mundo mais humano.
Se não eu, quem? Se não agora, quando?
O Efeito Transformador da Ação
Muitas vezes, confundimos generosidade com caridade. Achamos que ajudar o próximo significa apenas doar dinheiro ou bens materiais. Mas a verdade é que o que mais falta no mundo não é alimento ou abrigo – é presença, escuta e compaixão.
O ser humano precisa ser visto. Precisa se sentir compreendido.
E isso não custa nada.
Quantas vezes uma palavra amiga mudou seu dia? Quantas vezes um simples olhar de empatia foi mais valioso do que qualquer presente?
Ajudar não é sobre o tamanho do gesto, mas sobre a intenção com que ele é feito.
O Desafio da Verdadeira Generosidade
É fácil fazer o bem quando há reconhecimento. Quando recebemos elogios. Quando há uma câmera por perto para registrar o momento.
Mas e quando não há plateia?
O Evangelho de Mateus traz uma reflexão provocadora sobre isso:
“Que a mão direita não saiba o que fez a esquerda.”
Ou seja, o verdadeiro ato de amor é aquele que não precisa de testemunhas. É aquele que acontece no silêncio, sem a necessidade de aplausos.
E aqui está o grande desafio: agir pelo bem, não pelo ego.
Porque, sejamos honestos, quantas vezes fazemos o bem apenas para nos sentirmos superiores? Quantas vezes a ajuda ao outro vem carregada de uma certa vaidade, um certo desejo de validação?
A verdadeira generosidade dispensa holofotes.
Respeitar o Outro é Também um Ato de Amor
Mas há um detalhe fundamental: ajudar não significa invadir.
Cada um tem o seu tempo. Cada um tem a sua caminhada. Nem sempre a nossa forma de ver o mundo é a melhor para o outro. Nem sempre a ajuda que queremos oferecer é a que o outro precisa naquele momento.
Respeitar o espaço e as escolhas do outro também é um ato de amor.
Afinal, não se trata de impor nossa visão, mas de estar disponível. De se colocar a serviço, sem arrogância e sem a ilusão de que sabemos o que é melhor para o outro.
Porque ajudar não é sobre salvar ninguém. É sobre compartilhar humanidade.
Faça do Mundo um Lugar Melhor – Hoje
O mundo já tem ódio demais. Já tem egoísmo demais. Já tem indiferença demais.
A questão é: o que VOCÊ vai fazer a respeito?
Se queremos um mundo melhor, precisamos agir. Agora. Com os recursos que temos. Com o tempo que podemos. Sem desculpas, sem procrastinação.
Porque a generosidade não pode ser uma ideia distante – ela precisa ser prática diária.
Então, que você esteja consciente do amor que existe em você. Que esteja disposto a colocá-lo em ação.
E que, ao final do dia, possa olhar para trás e saber que fez sua parte para tornar este mundo um lugar um pouco mais bonito.